Entenda os erros mais comuns cometidos em Projetos Luminotécnicos

Entenda os erros mais comuns cometidos em Projetos Luminotécnicos

Entenda os erros mais comuns cometidos em Projetos Luminotécnicos

Não há como negar que a iluminação é parte fundamental de um ambiente e, quando bem empregada, responsável por diminuir os custos, aumentar a produtividade e garantir o bem estar dos frequentadores do espaço. Contudo, para que isso aconteça, é necessário desenvolver um projeto luminotécnico que atenda às necessidades do local. Inicialmente, portanto, é necessário compreender melhor o que são projetos luminotécnicos.

 

De maneira simplificada, podemos afirmar que os projetos luminotécnicos nada mais são do que o planejamento da iluminação que será aplicada em cada espaço. Na prática, no entanto, eles são frutos de uma análise aprofundada da função de cada ambiente, da quantidade de luz necessária para a atividade que ali será desenvolvida e do cálculo do nível de iluminação para obter conforto visual nesse local.

É importante ter em mente que cada plano difere entre si. Assim, um projeto luminotécnico industrial muito provavelmente irá utilizar uma temperatura de cor fria — próxima ou acima de 5.000 K — com intenção de aumentar a concentração e o foco, por exemplo. Já um projeto luminotécnico comercial fará uso de cores mais quentes, que dão a sensação de aconchego e conforto para o cliente.

Com tantos fatores a serem considerados no momento da criação do plano de iluminação, é possível que alguns pontos não sejam considerados e acarretem em falhas sérias para a funcionalidade do ambiente. Assim, para ajudar você a entender os erros mais comuns cometidos em projetos luminotécnicos a área técnica da HDA reuniu as informações que apresentamos a seguir.

 

Não avaliar a iluminação adequada para o ambiente

Existem diversas metodologias para criar o plano de iluminação adequado para um ambiente. Um erro comum, nesse sentido, é não analisar o tipo de iluminação que trará melhores resultados. A iluminação direta — que ilumina diretamente um objeto ou superfície —, por exemplo, tem a tendência de nos manter acordados e pode ser utilizada para direcionar a atenção a um ponto específico, aumentando a produtividade. Já a iluminação indireta, que se “espalha” pelo ambiente, permite uma sensação agradável e torna o local confortável, sendo perfeita para um projeto luminotécnico comercial.

Independentemente do tipo de iluminação escolhida, outro fator que deve ser levado em consideração para afastar outro dos erros mais comuns diz respeito à avaliação da temperatura de cor. Isso porque, como dito anteriormente, com ela podemos despertar sensações de concentração ou aconchego nos frequentadores do local. Além disso, para evitar falhas, o projeto luminotécnico deve oferecer boa condição de visão relacionada à segurança e orientação em um ambiente fechado (item que está intimamente ligado ao bom desenvolvimento de atividades laborais e do processo produtivo).

 

Não considerar a refletância dos ambientes

O conceito de refletância luminosa — que corresponde a relação entre o fluxo luminoso refletido/incidente e varia em função das cores/tipo de material — extremamente importante para o desenvolvimento de um projeto luminotécnico de qualidade. Isso porque quanto maior a refletância das superfícies de determinado espaço, melhor a distribuição do fluxo luminoso e, consequentemente, maior a iluminância no recinto.

Uma das técnicas utilizadas para definir a refletância das superfícies, evitando esse erro, é o método do papel branco em que um luxímetro é usado para medir a iluminância. A medição é realizada com o papel e sem o papel e após a realização dessas mensurações é possível efetuar o cálculo da refletância da superfície. Essa técnica pode ser empregada para determinar as refletâncias da parede, do teto e do piso. Outra solução eficaz é basear-se nos dados dispostos na tabela nas tabelas a seguir: 

 

 

É importante ter em mente, portanto, que a não observação desse critério pode resultar em ambientes mal iluminados ou muito iluminados, que podem vir a prejudicar o bem-estar de seus usuários.

 

Instalar equipamento de iluminação de baixa qualidade

Por vezes, com intenção de poupar, são utilizados equipamentos de qualidade inferior. No entanto, como afirma a sabedoria popular, essa economia não compensa. Isso porque produtos LED de baixa qualidade têm enfraquecimento da intensidade luminosa, perda da cor da luz emitida e vida útil proporcionalmente curta se comparados aos equipamentos de iluminação LED de alta qualidade, como os produzidos pela HDA. Assim, o investimento nesse tipo de produto que pode ser maior quando se comparado aos itens citados anteriormente e trará ótimos resultados a longo prazo.

Isso se comprova quando se verifica que os equipamentos de iluminação LED de alta qualidade têm — além de vida útil prolongada — grande eficiência energética, baixo nível de consumo e praticamente eliminam a necessidade de manutenções constantes, aumentando a durabilidade do sistema, diminuindo custos. 

 

Não seguir as normas técnicas

Assim como o item anterior, esse é outro erro inaceitável, apesar de ocorrer com alguma frequência. Entre as principais normas a serem seguidas no momento de um projeto luminotécnico está a ABNT NBR 8995, que dispõe sobre a iluminância de interiores. A regra estabelece e garante que os aspectos mínimos recomendados na iluminação artificial de interiores onde se realizam atividades de comércio e indústria, por exemplo, sejam seguidos. Além da NBR 8995, outra diretriz que merece atenção é a Norma Regulamentadora 17, que estabelece que todos os locais de trabalho devem garantir uma iluminação adequada às atividades ali desempenhadas. Assim, considerando os impactos que a baixa iluminação ou iluminação em excesso podem trazer para os ambientes de trabalho ou lazer, fica claro que não seguir as normas técnicas é negligenciar a segurança do projeto, do espaço e das pessoas. 

 

Não realizar manutenção preventiva adequada

A manutenção preventiva é fundamental para que o projeto luminotécnico validado continue em funcionamento perfeito. Um dos principais fatores a serem considerados na manutenção preditiva diz respeito a higienização, uma vez que a falta dela pode ocasionar perda do fluxo luminoso, aumento da temperatura do aparelho e acréscimo no consumo de energia. Para garantir o máximo dos equipamentos é necessário realizar limpezas periódicas dos produtos, seguindo as orientações do fabricante.

 

Instalar produtos em altura inadequada

A altura de instalação de um equipamento de iluminação diz muito sobre o conforto visual e sobre o aproveitamento da luz emitida. Ao ser instalado em uma elevação inadequada, o produto pode impactar negativamente nas tarefas realizadas diariamente seja em uma residência ou em um ambiente industrial. Assim, torna-se imprescindível considerar esse fator no momento de elaborar o projeto luminotécnico, lembrando que a altura de instalação do equipamento deve ser avaliada em cada espaço individualmente, considerando especialmente a relação entre a altura do pé direito e a utilização prevista para o ambiente.

 

Não avaliar o fator de manutenção

O fator de manutenção ou fator de utilização indica a depreciação luminosa. Esse conceito é extremamente importante para o sucesso de um projeto luminotécnico a longo prazo e deve ser empregado em cálculos de iluminação, considerando que toda fonte de luz tende a se desgastar ao longo do tempo de utilização. Isso porque conforme o tempo de serviço aumenta, o fluxo luminoso emitido pelo equipamento de iluminação tende a diminuir em função de seu envelhecimento.

O fator de manutenção (FM) é múltiplo de outros fatores, sendo determinado pelo seguinte cálculo: FM = FMFL x FSL x FML x FMSS.  As siglas podem ser definidas desse modo: o fator de manutenção do fluxo luminoso (FMFL), que considera a depreciação do fluxo luminoso do equipamento de iluminação; já o fator de sobrevivência das luminárias (FSL) mede o efeito de falha por envelhecimento ou eventual queima; o fator de manutenção do produto (FML) está relacionado a redução do fluxo luminoso devido ao acúmulo de sujeira; e o fator de manutenção das superfícies de sala (FMSS) é vinculado à redução da refletância devido à deposição de sujeiras nas superfícies da sala.

Esses valores são, normalmente, indicados pelos fabricantes dos equipamentos de iluminação e, em qualquer caso, sugere-se não adotar valores de Fator de Manutenção inferiores a 0,70 para evitar acréscimo demasiado no número de produtos — que consequentemente acarretaria em um maior consumo de energia. Assim, todo o projeto de iluminação deve estar atento ao fator de fator de manutenção, para que, ao longo da vida útil do equipamento a iluminância mínima necessária exigida pela da NBR 8995 seja respeitada e mantida. 

 

Agora que você já entende os erros mais comuns cometidos em projetos luminotécnicos, temos certeza que estará atento para não repeti-los. É importante ter em mente, sempre, que um bom projeto luminotécnico é garantia de uma iluminação apropriada em todos os setores, aumento de produtividade, vendas e segurança para os colaboradores. Ademais, quando bem elaborado, ele é responsável pela redução de gastos, favorecendo os resultados do negócio.